As eleições de 2024 trouxeram mudanças para a representatividade feminina nas prefeituras das capitais brasileiras. Emília Corrêa (PL), eleita em Aracaju-SE, e Adriane Lopes (PP), em Campo Grande-MS, foram as únicas mulheres a vencer a disputa entre todas as capitais do país, consagrando suas vitórias no segundo turno, realizado neste domingo, 27 de outubro.
Ao todo, seis outras candidatas também chegaram ao segundo turno nas capitais, incluindo Rose Modesto (Campo Grande), Natália Bonavides (Natal), Janad Valcari (Palmas), Maria do Rosário (Porto Alegre), Cristina Graeml (Curitiba) e Mariana Carvalho (Porto Velho). Comparado a 2020, quando 20 mulheres disputaram o segundo turno em capitais, o número diminuiu consideravelmente.
Em um panorama geral, 724 mulheres foram eleitas para prefeituras em cidades brasileiras no primeiro turno, realizado em 6 de outubro, representando 13% do total. Em 2020, o percentual foi levemente menor, com 663 prefeitas eleitas, cerca de 12% das cidades. Segundo levantamento da Consultoria-Geral da Câmara dos Deputados, o número total de mulheres eleitas (incluindo vereadoras e prefeitas) subiu de 15,83% em 2020 para 17,92% em 2024. Entre as 58,3 mil vagas de vereador deste ano, 10,6 mil foram ocupadas por mulheres, um aumento para 18,24% das cadeiras nas câmaras municipais.
Nas últimas eleições municipais de 2020, nenhuma capital brasileira elegeu uma prefeita. No entanto, mulheres conseguiram vitórias em cidades com mais de 200 mil habitantes, como Suellen Silva (Bauru-SP), Raquel Chini (Praia Grande-SP), Raquel Lyra (Caruaru-PE), Elisa Gonçalves (Uberaba-MG), Elizabeth Silveira (Ponta Grossa-PR), Marília Campos (Contagem-MG), Margarida Salomão (Juiz de Fora-MG) e Paula Mascarenhas (Pelotas-RS). Em 2024, a eleição de Emília Corrêa e Adriane Lopes sinaliza um avanço, ainda que modesto, na presença feminina nas prefeituras das capitais brasileiras.